Boca amarga
Não é raro recebermos pacientes que afirmam ser portadores de mau hálito devido a um gosto “diferente” que sentem na boca. E quando questionados como poderia ser caracterizado esse gosto, a maioria deles define esse gosto como amargo.
Hoje reconhecemos algumas causas para a presença desse gosto amargo na boca como por exemplo: a presença de saburra na língua acima dos padrões fisiológicos, uma alteração do fluxo salivar,a ingestão de determinados tipos de medicamentos, estresse e até mesmo deficiência vitamínica no organismo. Essas são as causas mais comuns, porém esse é um assunto de muito interesse para os cientistas e infelizmente ainda não completamente entendido. Por isso para o correto diagnóstico dessa queixa é necessária uma avaliação detalhada realizada por um profissional especializado.
Durante a avaliação é importante que sejam passadas ao paciente, informações a respeito do paladar e olfato, para que ele se sinta seguro com a idéia de que a relação da boca amarga com o mau hálito nem sempre é estabelecida.
O tratamento da boca amarga vai depender da avaliação inicial e é fundamental que os pacientes saibam das limitações do tratamento, assim como, da possibilidade de mudanças no tratamento com o decorrer do tempo e que algumas vezes o sintoma só fica atenuado.
Existem algumas pessoas que possuem um gosto amargo constante na boca, esse sintoma é considerado um distúrbio senso-perceptivo, chamado de disgeusia. Esse distúrbio é caracterizado pela presença de gosto desagradável constante, sem estímulo gustatório. A manifestação da disgeusia é rara, mas após abordagens de tratamento mais conservadoras sem resultados, podemos considerar o potencial para que esse paciente apresente essa alteração. O tratamento da disgeusia ainda não foi determinado e nesse caso, busca-se uma melhora na sintomatologia, levando-se em conta o estado emocional do paciente.